MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA A INDÚSTRIA TÊXTIL
Cogumelo, abacaxi, plástico retirado dos oceanos, cânhamo, fibra de bananeira: estas são apenas algumas das matérias-primas utilizadas no Brasil e no mundo para o desenvolvimento de tecidos ecofriendly, uma demanda urgente para a busca da indústria têxtil por uma produção de menor impacto ambiental. A pandemia acelerou pesquisa e desenvolvimento de novos materiais e processos que envolvem todas as etapas de um produto têxtil, das fibras e tecidos ao tingimento e acabamento, incluindo os antivirais e antibacterianos que atuam na biossegurança e os equipamentos que promovem a redução do esforço de operadores, de ruídos, de manutenção e de consumo de energia.
Poliamidas biodegradáveis e o uso de químicos não nocivos à saúde humana também estão na lista de obrigatoriedades da Moda Sustentável, que ganha cada vez mais espaço no coração dos consumidores. O mantra Repense, Reuse, Recicle continua no cerne da proposta sustentável, com matérias-primas como o algodão reciclado aumentando presença no mix de produto das marcas, assim como tingimentos naturais e produção com desperdício zero.
Até a proteína do leite serve de base para a criação de tecidos alternativos – o QMilk vem do leite que seria descartado pela indústria de alimentos e tem ação bacteriana, favorece o equilíbrio da circulação e da temperatura do corpo, é biodegradável, tem toque macio e segundo seu fabricante pode ser utilizado tanto em roupas esportivas quando na fabricação de cortinas, mostrando que as matérias-primas sustentáveis elevam o valor agregado de produtos de todos os setores da indústria têxtil.